Qual a sua visão sobre o Nordeste do Brasil?

^na verdade quando ele falou aqui no SUL não é no RGS e sim na região inteira.

Vou chamar o Anlei pra te tirar os cabelos. kkkkkkkkkkkkkkkk
Li todos os post´s. Me acabei de rir

Eu, como gaúcho, que morei muito tempo no Oeste Catarinense e atualmente morando em Florianópolis, relato o seguinte:

Em Porto Alegre, de onde vim, raríssimas vezes escutei tais termos com nordestinos. Mas escutei muito "gauchada"/"indiada"/"coisa de português" e coisas deste tipo.

Os mesmos termos também ouvia seguido em Chapecó (SC) e uma ou duas vezes em mais de 10 anos escutei falarem baianada e "coisa de nordestino". Mas também o sentimento de preconceito da Capital com o oeste é/era muito forte, aquele sentimento de "esquecimento" e menosprezo para com os "colonos". Acredito que atualmente seja menor, mas quando me mudei para a cidade era muito evidente o ressentimento com as pessoas do litoral.

Agora, realmente há ainda muito preconceito por cor - proveniente da colonização Alemã e Italiana acredito: "coisa de preto, trabalho de preto", mas também vi muita curiosidade ou surpresa de muita gente que nunca havia saído da região e se depararam com pessoas negra, na rua ou no transporte coletivo, curiosas e olhando que um negro morasse/vivesse ali, por nunca antes (ou não comumente) ter visto. Também preciso dizer que nunca presenciei, uma atitude racista ou injúria racial pessoalmente (sorte minha talvez?).

Agora, morando no litoral... quem sabe por ser pouco tempo aqui, mas não vejo (também não devo ter presenciado) preconceito contra o Oeste ou mesmo com gaúchos ou com nordestinos.

Acredito que isso varie muito de região para região. A diferenciação talvez seja instrumento para se achar como um grupo específico (?).

Agora, sobre o que acho do Nordeste... ainda não o visitei, mas é quase consenso por aqui que Norte e Nordeste são terras esquecidas pelas políticas públicas de modo geral. E permanecem estrategicamente exploradas politicamente.

allexcosta escreveu:

Juninho Sampaio escreveu:^na verdade quando ele falou aqui no SUL não é no RGS e sim na região inteira.

Sim, óbvio. Onde mais seria? Não se chama Rio Grande do Sul de "sul". Isso não existe.

Sim, existe e bastante. Tem muita gente de dentro do nosso país que acha que a região sul é o Rio Grande do Sul, assim como muitos estadunidenses acham que a capital do Brasil é Buenos Aires.

Estou falando sério... Enfim, se não acreditas, é um direito que tu tem. Sem problemas.

É exatamente esse tipo de confusão que eu digo. E quando me refiro que confundem a região sul com o RS, são pessoas de fora da região sul. O problema todo é a dificuldade com geografia. Assino junto.

Bastiao escreveu:Willian, 
Sim, acredito que exista todo o tipo de preconceito, inclusive existe dentro do próprio estado, conforme a região que você se encontra. Agora, vide que o preconceito com os haitianos aparenta ser pela cor da pele. 

Um caso real que passei foi um amigo - na minha opinião ele é negro - criticando outro de forma pejorativa unicamente por ele (também) ser negro. 

Mas, na minha humilde opinião, todos nós, sem exceção, temos pré-conceitos de alguma coisa ou de alguém. Situação que deve ser trabalhada e superada no dia a dia, e o respeito deve ser o carro chefe para tudo na vida. Espero que não interpretem equivocadamente minha colocação.

Foi uma comparação de outra ordem mesmo. O que as unifica é um tipo de racismo, de ódio ao diferente. Embora "nordestino" não seja uma raça, tendemos a entender nordestinos, devido à nossa sociabilização racista, como um subgênero de gente. Dei o exemplo só para dar uma ideia de como é o negócio aqui.
Mas, é algo generalizado. Como você mesmo disse, não existe "não tenho preconceito" ou "não sou racista". Não é uma escolha, é uma forma de sociabilização que nos impele a reproduzir esses comportamentos. Podemos suprimir isso e nos libertar, mas também podemos seguir assim o resto da vida...

Pra descontrair:

Mapa do Brasil segundo os paulistas:



Mapa do Brasil segundo os cariocas:



Mapa do Brasil segundo os nordestinos:



Mapa do Brasil segundo os gauchos:



Mapa do Brasil segundos os mineiros:

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Conheço pouco do nordeste para opinar. Fui a Salvador e detestei. Gostei muito de Fortaleza. Aracaju é legalzinha também. Esse é o máximo do meu conhecimento geográfico. Minha sogra é cearense e é uma ótima pessoa, batalhadora e gentil. Tenho um companheiro de academia baiano que é gente muito boa, só é meio "Forrest Gump" (mas isso não se deve à naturalidade do camarada, e sim ao caráter).

Que pena que não gostou daqui!

Eu gosto de Salvador, Adoro Maceió e Pernambuco é muito parecido com aqui.

O máximo que já "subi" foi pra Uberlândia/MG, pra vocês verem rsrs.
Juninho, descola uma passagem aí que eu vou! hahaha

^kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Alex vc sabe que salvador é suja mesmo...isso é fato

allexcosta escreveu:

Edu Fettermann escreveu:Tenho um companheiro de academia baiano que é gente muito boa, só é meio "Forrest Gump" (mas isso não se deve à naturalidade do camarada, e sim ao caráter).

Gump não tinha problema de caráter, pelo contrário. Ele sofria de função intelectual limítrofe.

O título do filme em português é "Forest Gump - O contador de histórias". Por aqui, quando alguém diz que uma pessoa é meio Forest Gump quer dizer que ele gosta de contar história, ou seja, mentir, aumentar os fatos.

hahaha eu esperava alguma reação desse tipo. Não é culpa minha... haha

Aqui tb Joabi!

joabi escreveu:O título do filme em português é "Forest Gump - O contador de histórias". Por aqui, quando alguém diz que uma pessoa é meio Forest Gump quer dizer que ele gosta de contar história, ou seja, mentir, aumentar os fatos.

Eu tenho a impressão de que quem inventou esse apelido não viu ou não entendeu o filme. As pessoas até achavam que o Forrest contava lorota, mas era tudo verdade... vai entender.

É que nem quando batizaram a feiticeira de feiticeira... ela tava vestida de odalisca... fazendo uma referencia ao seriado "Gennie é um Gênio" e não ao "Feiticeira" que era outra série...

Nem sei pq entrei nesse assunto... hehee

Aqui também chamam quem é loroteiro de Forrest Gump. Nada a ver mesmo.
Sobre as versões de títulos de filmes brasileiras, algumas são muito bizarras. A começar por "Um Corpo Que Cai", que no original é "Vertigo", porque o protagonista sofre de vertigens...
Tão ruim quanto nós, são os portugueses. Só pra sustentar a fama, acho hahaha

Como conheço o Nordeste, eu não tenho pre-conceitos ou acredito não ter. Mas ele existe. A ex-esposa de meu filho mais novo era de Recife e tem um forte sotaque.
Uma vez apresentei-a a uma mulher numa festa e a mulher perguntou se ela era nordestina. Minha ex-nora respondeu que sim e a mulher, com a maior bondade do mundo retrucou: "__ Mas isso não importa não é, minha linda. O que importa é o que a gente é por dentro".

Deveria ser uma frase de aconchego, mas soou extremamente preconceituosa.

Isso levou a um apelido para minha ex-nora: Pâncreas !!!

Afinal é Pâncreas é algo importante que está dentro da minha ex-nora...

allexcosta escreveu:...aquele negócio do acarajé quente e frio...

aprendi esta diferença da maneira mais apimentada possível! heheheheh

gsfteodoro escreveu:O gente, me perdoem pelo meu comentário.
E vou ser sincero que foi uma total desatenção minha sobre o Pará não ser nordeste.
Na boa, não quis ofender ninguém e quis trazer relatos de uma experiência que tive.
Pelo menos acertei a localização da cidade da minha sogra e sogro, que ficam em Pernambuco.
Me calo aqui pra sempre.

eu, especificamente, não considerei seu comentário preconceituoso. acho q vc deu azar de lidar com gente meio tapada, o q existe em qq lugar do mundo.

fheliojr escreveu:

allexcosta escreveu:...aquele negócio do acarajé quente e frio...

aprendi esta diferença da maneira mais apimentada possível! heheheheh

gsfteodoro escreveu:O gente, me perdoem pelo meu comentário.
E vou ser sincero que foi uma total desatenção minha sobre o Pará não ser nordeste.
Na boa, não quis ofender ninguém e quis trazer relatos de uma experiência que tive.
Pelo menos acertei a localização da cidade da minha sogra e sogro, que ficam em Pernambuco.
Me calo aqui pra sempre.

eu, especificamente, não considerei seu comentário preconceituoso. acho q vc deu azar de lidar com gente meio tapada, o q existe em qq lugar do mundo.

Para velho.... esse lance de quente e frio não existe.... é uma lenda que inventaram e pessoas que nunca foram a salvador saiu repetindo

allexcosta escreveu:Absurdo né? Esse é o pior, o tal do "é pobre mas é honesto". É melhor a pessoa te falar na cara que não gosta do que falar esses absurdos. E teve gente aqui no tópico que mandou dessas sem nem perceber.

Só perguntar para os psicólogos de plantão. Todo mundo tem preconceito com alguma coisa, mas ninguém admite em público. Lógico, não é? Todo mundo critica corrupção, mas ninguém conta seus atos corruptos diários, ou qual seria seu preço, ou quais suas tentações (muitas morrem na cabeça mesmo). Todo mundo diz que sempre tem um chato, um mala sem alça no trabalho, mas ninguém nunca se admite um (ora afinal alguém tem que ser, senão é mentira coletiva). Ninguém aqui aguentaria uma pessoa bem sincera pois revelaria o que cada um de nós é, ao menos um pedaço, por dentro. E é disto que todos nós fugimos e odiamos nos outros: muitas vezes o que não gostamos em nós mesmos.

O que eu acho mais interessante e nobre do que ser sincero, ou do que tentar enganar-se, é admitir o que é (mesmo não contando) e mesmo assim conviver pacificamente e harmoniosamente com tudo e com todos. Isto sim é grande. Aqui no Brasil dizer estas coisas é crime. Não pode dizer que não gosta de preto, gay, nem nordestino. Em outros países é tranquilo, desde que não fira a integridade física de ninguém, ficando só no campo das ideias, opinião, está tudo certo.

Vi uns vídeos ou ouvi pelo rádio, não me lembro, que um analista comportamental provou por A+B que o que gera a felicidade em nós é ver a desgraça do outro. Ele utilizou o exemplo de duas crianças. Acho que foi o filósofo Karnal. Quando um criança toma o seu brinquedo de volta da mão de outra criança, fica feliz em ver que a outra ficou triste, e não propriamente por reaver seu brinquedo. É mais ou menos neste sentido que começamos a criar certas barreiras, preconceitos, impedimentos. A partir daí, estrutura-se todo um comportamento social. Nordestino é abaixo do meu nível pois nasceu nordestino. Preto é inferior por conta da cor da sua pele escura. Paradigmas são criados pois no nosso psiqué os outros precisam ser mais infelizes e, portanto nós mais felizes, em detrimento das suas condições sociais, regionais, da cor de pele, e por aí vai. Eu tenho que ser mais feliz que o outro. É inadmissível que um nordestino seja mais desenvolvido do que eu. Que um preto tenha mais diplomas, graduações, do que eu que sou branco. Que um pobre da favela tenha paz no lar e eu que tenho dinheiro não tenha. Mesmos que eles sejam em algum ou vários pontos bons, eu sou melhor que eles em outros.
Um outro ponto parecido é o seguinte: quem consegue se alegrar com empatia com o vizinho que, do nada, comprou um carro importado, ou começa e ter uma vida melhor que a nossa, ou a esposa é mais linda (desculpa, gostosa) que a nossa, ou  um relacionamento conjugal visivelmente mais feliz que o nosso? Imediatamente já começamos a pensar: "deve ter maracutaia aí"; ou "também, o pai dele é dono da empresa X, quero ver procurar emprego como eu"; ou "nenhum casal é totalmente feliz, eles devem fazer bastante aparência de felizes só para se exibirem". No meio cristão a que pertenço, quando alguém passa ostentando seus bens, o seu carrão, mostrando aquele sorriso de ponta a ponta ou demonstrando felicidade, imediatamente é isto que passa pela cabeça de muitos: "mas ele não tem a paz que eu tenho", "deve ter tanto dinheiro que tem muita preocupação e nem consegue dormir à noite pensando que vão roubá-lo", etc. Pura inveja. Precisavam ver o que eu escutava dentro dos ônibus, nas padarias, nos mercados, quando as pessoas souberam que o empresário Eike Batista estava "quebrado". Ficava só imaginando quanto preconceito e inveja as pessoas tem das outras abastadas pois ele quebrou só algumas empresas mas continuou e continua rico do mesmo jeito, mas para as pessoas ele estava um "pé rapado que não tinha onde cair duro e muito bem feito pra ele viu ". Aff...

É +/- isto que nos faz "felizes". Daí vem nossos preconceitos.

Lembrei daquela menina chamando um goleiro de macaco. Passou em tudo que é noticiário. Ela gritava com tanta ênfase, com tanto vigor, que aquilo fazia-a sentir-se superior e portanto mais "feliz" que ele. Colocar os outros para baixo para eu ficar por cima. Aliás, este discurso de "nós" e "eles" lembrou-me outro fato que muitos de nós estamos atualmente inteirados. Sabem qual é, né? Então, trata-se de uma provocação para colocar uma nação inteira contra si própria. Só piora as coisas.

Eu vivi uma experiência interessante. Antes de vir para Portugal, nunca tinha saído da minha região (...Metropilitana do Rio de Janeiro) e não tinha contato com muitas pessoas de outras regiões do Brasil. Mesmo assim, admito que certos pré-conceitos regionalistas acabaram por afetar meu julgamento a respeito de outras regiões, não só o Nordeste. Agora que estou aqui, e onde vivo a uma concentração enorme de brasileiros de tudo quanto é estado, percebi isso pois aqui não há o tal do regionalismo, afinal, fora do Brasil somos todos brasileiros e isso basta. É uma experiência que ajuda a nos desprender de certos pré-conceitos e preconceitos.

Maurício_Expressão escreveu: Isso levou a um apelido para minha ex-nora: Pâncreas !!!

Que CAUSO mais louco!! akakakakkakak

allexcosta escreveu:Ela não é mais de Recife?

Conclusão: Quem escreve pra o gordinho, tem que ser bem detalhista, por que esse homi se apega a tudo....Ele entendeu, mas fica de sacanagem.

carimbass escreveu:Para velho.... esse lance de quente e frio não existe.... é uma lenda que inventaram e pessoas que nunca foram a salvador saiu repetindo

PERFEITO!!! ALGUM IDIOTA SAIU REPETINDO ISSO E VIROU VERDADE!

Conheci apenas Vitória da Conquista - Ba, adorei o povo! muito acolhedor e legal.

carimbass escreveu:Para velho.... esse lance de quente e frio não existe.... é uma lenda que inventaram e pessoas que nunca foram a salvador saiu repetindo

Poxa, então fui brutalmente engando por vendedores de acarajés fora da Bahia. :/

Engraçado, moro em SP mas sou de Porto Alegre. A uns dias atrás visitei a familia e um sobrinho, que está cursando engenharia civil, me falava de um estágio em uma construção de um shopping do grupo Multiplan. Lá pelas tantas ele me diz que quando os encarregados pela obra querem que algo seja feito bem e rápido, chamam os "peões" nordestinos que estão lá, pq os gaúchos são muito preguiçosos e não fazem o trabalho direito.

Que tópico legal, acho massa esse tipo de discussão, que no geral esclarecem aos que aceitam/buscam serem esclarecidos, e tbm quebra alguns paradigmas.

Sobre o assunto em si, posso falar e discorrer bastante sobre, já que minha família tem origem em RJ/ES (maior parte no RJ), porém com 1 ano de idade, fui morar em Teresina/PI. Com 20 anos vim para Vila Velha/ES(onde resido até hoje). Fora isso, conheço qse todos os estados do NE, e minha esposa é de Aracaju. Já viajei diversas vezes pra outras cidades, conheço razoavelmente bem uma boa parte da Bahia, enfim....

Sobre a galera daqui no Sudeste, vejo que algumas vezes, o preconceito está mais no falar mesmo. No geral tem gente que de fato tem preconceito, mas alguns é só um lance "zombetero". Provavelmente imaginam, msm sem ter ido, que no NE tbm existe, além daquele cenário de sertão, cidades desenvolvidas, boa estrutura...mas sim, tem gente que não tem curiosidade em pesquisar/se informar, é ignorante por natureza, e nunca pode visitar, daí tem em sua kbecinha que o Nordeste é um imenso sertão semi árido repleto de pobres analfabetos que votam no PT(sem preconceitos).

Conheço mta, mas mta gente que qdo pode ir até lá, geralmente toma susto qdo visita alguma capital, e podem ver como algumas são realmente bastante desenvolvidas, como Natal e Recife. Mesmo as  capitais "menores" , estas não são pequenas. Fora as cidades do interior, que já estão qse passando da classificação de cidade de médio porte(como Caruaru, ou a imensa Feira de Santana, com seus qse 500 mil habitantes).

Enfim, esse lance de preconceito e piadas é mais uma mistura de ignorância/estigmatização do que qualquer outra coisa. É tipo o gringo(não todos, óbvio) que qdo vem ao Brasil, por ouvir propagandas de mulatas, carnaval e floresta qdo está lá fora, acha que chegando aqui vai dar de kra com um monte de "nêga" seminua rebolando no meio do mato. Ou igual a muitos de nós, que acham que asiático é tudo a "mesma coisa", e que a África é um continente que se resume a uma imensa savana.

Por fim, deixo aqui sobre os locais que já conheci e achei que moraria mto facilmente no NE: com toda certeza, Aracaju, Natal e Fortaleza. Cidades de ótima estrutura e bem equilibradas em termos sociais e ainda relativa boa qualidade de vida(em especial Aracaju), belos litorais, beleza natural, boa infra estrutura. Teresina é mto legal tbm, bem organizada, mas de fato lá faz bastante calor e está longe do litoral(gosto mto de praia). Recife é muito massa, rica culturalmente, diversificada, tem beleza natural, infra estrutura que não deve em nada pra nenhuma outra capital do BR, mas é exatamente isso que me faz desconsidera-la, o porte da cidade, pq com isso, vem atrelado tbm todas as mazelas de uma grande cidade, como trânsito(não tanto qto a grande sp/rj, mas caminha para isso rapidamente..), violência, desigualdade social visível e sentida...enfim, quem mora em cidade grande sabe do que tô falando, aquela sensação ruim(pra mim) de que se está morando na verdadeira "selva de pedra", se me entendem. A Bahia, eu gosto mto, mas seria mais em caso de querer dar uma "fuga" da civilização e me entocar em alguma cidade pequena(coisa que gostaria de experimentar ao menos por um período, pq sempre morei em cidade de médio/grande porte, por toda minha vida) em alguma cidade do litoral (sul de preferência) ou pro lado da Chapada Diamantina; no geral as cidades de "médio" porte da BA, até agora só me identifiquei um pouco com Ilhéus. Salvador eu não curti pra morar, só pra turistar.

Acho que futuramente ainda possa morar em alguma cidade do NE novamente, talvez(apesar de gostar demais de morar aqui no ES)...

Ah, esqueci de citar um detalhe que já falaram por alto aqui no tópico: o carioca/fluminense em especifico, por vezes é mto debochador/zombeteiro....e as vezes de forma depreciativa/preconceituosa. De fato existe esse lance de falar "baianagem, paraíba cabeça chata...." . Sem querer generalizar, até pq conheço mto bem esse estado, meu pai e toda sua família são de lá e estão lá até hoje, eu nasci lá tbm...mas na moral? De certa forma eu não me dou bem e não me identifico com esse "espírito carioca malandrão/melhorzão do Brasil que se acha melhor que o outro em tudo e que sempre quer se dar bem". Não sei se me compreenderão essa impressão que eu tenho....mas tenho repulsa a esse tipo de pensamento, e vejo que é algo recorrente (principalmente na galera da capital e adjacências). Cada vez que vou lá fico ainda mais abismado com a falta de educação e com esse comportamento retrógrado que permeia o povo de lá.

Sobre o possível "apartheid" sulista, ou um preconceito da galera de SP ou MG, não posso falar nada muito relevante, pois pouco conheço de SP e MG(fui poucas vezes, conheço algumas pessoas de lá) e o Sul, eu nunca fui(só conheço algumas pessoas).

Ops, fui olhar a população de Feira de Santana...esqueçam os qse 500 mil. A população atual é de 622 mil habitantes. Mas é gente pra caramba msm; fui lá a 5 anos e parecia um formigueiro! Tem mais gente que algumas capitais brasileiras...

^Agora ta pior...fui buscar um warick lá tem 6 meses...parecia a índia!
O número de pessoas está crescendo e a cidade parece que continua do mesmo tamanho.

Juninho Sampaio escreveu:^Agora ta pior...fui buscar um warick lá tem 6 meses...parecia a índia!
O número de pessoas está crescendo e a cidade parece que continua do mesmo tamanho.

Putz, aí complica. Até que o comércio "de rua" (mercado popular, lojas, ambulantes) é bem desenvolvido, mas tá longe de ser o fator principal no que tange a desenvolvimento.

concordo plenamente

^ Me lembro muito vagamente de Feira de Santana, pois a única vez que passei por lá foi quando eu era criança ainda, em janeiro de 1969, quando meu pai foi transferido do Rio para Recife e nossa família foi de carro (um Corcel 1969 4 portas) pegando a antiga Rio-Bahia (hoje BR-116). Paramos na cidade de Jequié (que fui visitar anos depois, como professor) para dormir e meu pai planejava fazer uma parada de pernoite em Penedo depois atravessar o S. Francisco (não havia ponte na época!), e seguir para Recife.
Minhas vagas lembranças são de uma cidade quente, muito pobre e poeirenta, e me lembro fortemente da imagem de um Carro de Boi e pessoas andando de jegue nas ruas...
Tenho um sonho de um dia pegar minha família e refazer de carro as viagens que, quando eu era criança fazia com minha família para o Nordeste e Minas Gerais...

allexcosta escreveu:

Mauricio Luiz Bertola escreveu:me lembro fortemente da imagem de um Carro de Boi e pessoas andando de jegue nas ruas...

Normal.

E eu adoro isso!
A alguns 5 ou 6 anos atrás meus pais foram fazer uma viagem dessas, e minha mãe ficou chocada com o número de jegues abandonados no interior de Pernambuco, os bichinos, trocados pelas motos, ficavam soltos pelas cidades e matos, sendo atropelados ou morrendo à míngua; ela até cismou de trazer um filhote de jegue pra casa! (tiramos isso da cabeça dela...).
Triste fim para um companheiro tão resistente, valente e útil...