Construção inspirada Les Paul Custom, meu 1º projeto com braço colado (finalizado e com áudio)

Que aula!

Estou em dúvida quanto ao acabamento.
Como vou fazer o binding de madeira folheada, não posso usar tingidor no verniz ou mesmo uma cor sólida. Terei que tingir antes de colar o binding e usar o verniz nitro depois.
Na tele eu gostei deste tipo de acabamento, verniz sobre a madeira tingida.
Mas a dúvida está entre se aproximar da Black ou da Wine Red. Estou tendendo mais para esta última opção.

Vai fazer um um acquacolor da vida direto na madeira e depois mandar o verniz ?

Na minha opinião seria a última ( Wine Red ).

Estou tentado encontrar o Acquaclor, mas está difícil. Acredito que só acharei no Gasômetro em São Paulo.
Utilizei e achei muito bom.
Mas se não encontrar vou tentar de outras formas ou marcas.
Por aqui é fácil achar tingidor para adicionar ao verniz. Agora, para aplicar direto na madeira é "mosca branca".
A Sayerlack não distribui este produto para lojas pequenas ou lojas de tinta. Aqui na Baixada só uma loja de São Vicente (Gravex) tem uma linha mais completa deles e no momento estão sem o vinho. Acho uma burrice este tipo de comércio.
A Farben, concorrente direto deles e uma empresa bem menor, tem uma distribuição melhor.

Eu acho show o uso do acquacolor direto na madeira , nunca manchou e o resultado fica bem interessante !
Vai ser em Nitro ?
Vai fazer o Grain Filler ( ou Wood Filler ) ?
Tenta entrar em contato com a sayerlack , vão lhe indicar lojas . A última vez que eu comprei foi na Leo Madeiras ( para a minha surpresa ) e tem outra loja mais completa aqui perto de casa só de tintas ... tem uma loja de fechaduras aqui perto de casa que também tem mas nunca a cor que eu quero ( hoje em dia ) ... peguei essas informações todas no site deles (fale conosco ) , me atenderam super bem !

Já me informei com eles e por aqui só na loja que citei mesmo. Nem na Leo Madeiras de Santos tem.
Vai ser em nitro mesmo. Eu prefiro pela qualidade do acabamento, além de preservar uma característica dos instrumentos mais antigos. A relicagem natural dele será mais rápida devido à resistência menor do nitro, mas eu não me incomodo não. Acho até que ficará legal. Bom, mas ainda tem muito tempo pra isso, até porque toco apenas em casa.
Eu não conheço este sistema de Grain Filler ou Wood Filler. Vou pesquisar.

O Wood ou o Grain são dois nomes para o mesmo processo , consiste em pegar massa de madeiras ( aquelas F-12 ) escolhendo a cor , dá um dissolvida com água para poder ser aplicada com espátula ou pincel . Passa como se estivesse pintando o instrumento , deixa secar um pouco , depois vem com um cartão de crédito ou pano passa por cima e tira todo o excesso aí depois de seco , lixa para retirar , deixando apenas os que ficaram nos poros da madeira .

Como o acabamento é em Nitro que tem pouquíssimo enchimento , perguntei se iria fazer esse processo para ficar lisa com o Nitro ou deixaria o acabamento meio que open pore .

A Gibson usa o Grain Filler e nitro para dar um acabamento show ! Claro que existem aquelas ( acho que Faded ) que tem o acabamento só com a seladora direto sem tratamento de nivelamento .

Deixa eu ver se acho uns vídeos para dar um help ...

Sob o Acquacolor essa empresa não envia para você ? Na tabela deles tem o vinho .

Olha alguns vídeos , existem vários ....





Existem milhares , até na Tour da fábrica da Gibson consegue ver o processo .

Pode-se usar a pasta mais escura que a madeira para que os poros fiquem mais escuros e acentua os "veios" na hora depois de colocar o tingidor , junta o enchimento com a estética , aí fica a gosto !

Uchoa, valeu a dica.
Creio que ficará legal no mogno, mas no top de muiracatiara creio que não fique bom.
Será que no mogno o tingidor pega bem após a aplicação da massa?
Vou fazer uns testes aqui com o mogno e também com a muiracatiara.

Acho legal passar seladora primeiro ( uma fina camada já basta ) , apenas para não impregnar a madeira de massa aonde não precisa, aí depois aplica a massa ... depois lixa até chegar na madeira e os poros do mogno irão ficar preenchidos de massa .
Fica pronto para receber o tingidor - seladora - verniz !

Mas faz uns testes aí com certeza no pedaço de madeira!

Olha um acabamento que eu fiz assim no Ash , foi em meados de 2008 ... foi feito preenchimento de massa , depois tingido com acquacolor castanho , seladora e verniz ( nitro ) .

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Uchoa, belo baixo.
Vou fazer uns testes e depois posto aqui.
Creio que o melhor seja o que você indicou, uma de seladora primeiro, mas também vou acrescentar o tingidor vinho na massa.

Blz , mande notícias heheh !
Vou querer saber como vai ficar acrescentando o vinho na massa ...

Adiantando o braço...

Lixando desta forma a tendência é errar, pois as laterais ficam abauladas e a escala não terá como assentar adequadamente.



Desta forma obtemos maior controle.



O erviço de inlay é um trampo danado.
Após ajustar o lixamento, precisei marcar a posição exata do nut de 1/4" e da escala. Para tal foi necessário lixar o headstock até o nível de acabamento.



Desta forma consegui marcar a posição da escala e proceder aos primeiro cortes do braço: laterais, headstock, final do braço, espessura na parte do tróculo (onde será feira a colagem), espessura do headstock. Falta aida passar na lixadeira para o ajuste final, pois usei serra e plaina apenas para economizar tempo e diminuir a poeira.

eu tingiria de vermelho, na luthier express tem o tingidor da mohawk que é fantastico, é tão bom que tinge até os dedos.
http://www.youblisher.com/p/618446-Catalogo-Musictools-2013/

Henri o vermelho deles é bem bacana mesmo, mas eu quero algo mais para o vinho. Poderia até fazer mistura, mas quero evitar.
Estou pensando no vinho da Sayerlack Acquacolor vinho.

Caramba, estou viajando aqui.
Depois que vi o bass do Serafan em muiracatiara estou pensando até em deixar o tingimento pra lá...

https://www.contrabaixobr.com/t28580p50-precision-bass-51-quase-finalizado#662080

Knobs de madeira laminada (pau-marfim com filetes pretos e brancos... como no binding

Como ficaria o hardware dourado com os tons da muiracatiara?

Esse é um problema em se fazer releituras de instrumentos clássicos... é difícil manter a ideia inicial quanto ao acabamento.
Quando fiz o Rickemachado foi pauleira decidir sobre sua pintura ou aplicação apenas do verniz.

Oh dúvida cruel!

Preciso melhorar meu trabalho quanto ao design. Talvez trabalhar com esboços.
Alguém conhece algum programa que faça simulação e design de peças pequenas?
É claro que ao nível amador e não de um profissional do ramo de arte.

caramba, vai ficar linda na madeira, a tua é até mais desenhada.
outro problema é que como esta madeira é muito densa o piguimento a base de agua teria um puco de dificuldade em penetrar na madeira.

^ Não haveria problemas nenhum em pigmento a base de água para penetrar na madeira , fiz com várias madeiras com Acquacolor e os resultados foram excelentes ( Ash , Swamp Ash , Cedro , Hard Maple , Soft Maple , etc ..) .

A aplicação da Acquacolor tem que ser feito de luvas  senão mancha a mão por dias ...

O mesmo precisa ser diluído em 10 partes de água , mas já fiz algumas sem adicionar água para puxar mais para o escuro , fica bonito e não mancha na aplicação de tudo que é maneira.

A densidade da madeira não influi no tingimento da mesma ...

Agora fazer sem pigmento como o link que colocou do outro Bass é questão de gosto mesmo .   

Eis um baixo que eu fiz o acabamento com vermelho a base de água , depois de 24h estava pronto para começar as aplicações !

A madeira desse baixo é soft maple  bem clarinha , coloquei algumas demãos de tingidor , a cada passada depois de algumas horas de outra passada , nota-se que vai escurecendo , podendo até chegar ao vinho !

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que feliz duvida, qualquer uma vai ficar linda

Ajustes no braço.

Com a lixa de rolo ajustei a espessura do braço para 19mm, o headstock em 15mm e a região de colagem do braço na trócula.
Pretendo deixar o braço com 23mm na traste 1 (medida usada nas Reissue 59). Serão 6mm da escala mais 17,5 do braço. Vou tirar a diferença no lixamento.



Ajuste das laterais. Deixei com um pouco mais que a escala, pois no lixamento pode haver ainda algum desvio. Com o shape do braço arredondado vou acertar as sobras das laterais.
para tal usei a tupia com uma base de limite à 39mm de distância. Com 40 ficaria encima do limite, mas com 39 me dá a sobra que preciso.



A sobra ao final será ainda retirada para fazer a parte do encaixe no corpo, portanto, economizei poeira com a tupia.



A dificuldade deste trabalho é obter firmeza na peça e no calço, uma vez que há pouco espaço para firmá-los. Neste momento, prender na mesa pode ser a diferença entre obter êxito ou perder o trabalho de dias.
Hoje trabalhei com partes bastante delicadas e que exigem precisão. Lembrei do que o Allex disse ao se referir á necessidade de otimizar alguns processos. Quando tiver minha oficina vou fazer os moldes e criar alguns dispositivos. Tenho tido várias ideias para tal, mas me falta espaço e local adequado.

Como obter o alinhamento exato da parte que será encaixada no corpo? Lembremos que o final do braço e escala é um trapézio e, como já coloquei o tensor, não tenho mais a linha de centro em todo final do braço.
Solucionei da seguinte forma: uma régua de alumínio com 40mm (no original esta largura é de 38mm) com centro marcado para ser alinhada ao heastock e ao final do braço. Pretendo eliminar problemas com alinhamento do braço.







Assim eu posso riscar os lados da régua.

Para fazer os cortes utilizei outra tupia, pois a minha laminadora estragou a rosca da porca que prende a fresa. Terei que comprar outra porca ou outra tupia.
Ainda bem que meu amigo havia me emprestado sua tupia de coluna.
Nunca tinha trabalhado com uma destas e gostei muito. Pensava que ela seria pesada e que travaria, mas ela deslisou muito bem. A vantagem dela está no torque que é bem maior e possibilita fresagens mais profundas e com melhor acabamento. Quero uma!!!

O desafio aqui foi criar um sistema de escora para a tupia (afastado 51mm da linha de corte) e fixar o braço. Usei a quina de cada lado da mesa.







O limite está no 16º traste, que é o ponto de contato com o corpo (dado retirado de fotos da internet). Minha planta apresenta um desenho errado desta parte.

Cara que trampo.
Muitos detalhes pra se fazer uma Les Paul.
Mas como sempre está excelente.

Pois é Siodoni.
O que deixa mais difícil é a falta de moldes e dispositivos para usinagem.

Muito legal emachado , parabéns pelo o trampo !

e ai Evandro como esta a guita?

Amanhã posto umas novidades.
Estou numa fase de lixamento e consome muito tempo, além de estar fazendo um trampo na escola (um parquinho nos finais de semana).

Lixamento é chatinho mesmo !
Aguardando as fotos ...

eu me lasquei pra tirar a tinta do meu tagima né evandro. imagino o trabalho que vc esta tendo.

Haja poeira...

Grande parte dos detalhes são definidos com lixas. É um lixamento para ajuste de medidas, ao contrário do lixamento de acabamento que é feito com lixas finas (320 em diante), esta fase uso lixas mais grossa (80, 150 e 220).
Acerto do headstock na lixa com cabo de vassoura. O detalhe do centro foi feito com limas.





Acerto grosseiro do final da trócula, pois será usinado melhor na altura quando da abertura das cavidades do captador.



Rebaixo do braço na área de colagem no corpo. Primeiro na tupia e depois com formão e o ajuste final com lixas.





Marcação do 16º traste, o qual é o ponto de limite da colagem do braço ao corpo.



Ajustado e conferido com esquadro.



A sequencia correta de serviço numa Les Paul é abrir o encaixe do braço ao corpo depois do abaulamento do top. Contudo, como vou tingir a madeira e colar o binding depois, já na dase final, tenho deixar toda a lateral com lixamento de acabamento.
Para tal, preciso do local correto para colagem da escala e acerto do cutway à peça da escala. Assim, abri o enxaixe do braço primeiro para poder dar o acabamento nas laterais do cutway.

Mas a abertura das cavidades para binding não poderia ser depois do abaulamento?
Sim, se eu tivesse um dispositivo onde a tupia fica presa sobre o corpo e movimentamos o corpo. Este dispositivo é fácil de fazer, mas vou deixar para quando for para outra casa (problema pouco com espaço).
Logo, terei que fazer as cavidades do binding com o top ainda reto para a tupia apoiar no topo do top (embolou agora).
Terei que deixar tudo pronto para poder colar braço e escala, inclusive o tingimento e binding.
Se eu fosse fazer o binding em PVC não teria tanto trabalho, pois ele não "pega" tingidor".



É importante o uso de furos antes da tupia para aliviar o trabalho.

A tupia não pode ser movimentada em qualquer direção na madeira, pois arrepia os veios conforme o sentido utilizado.
Abaixo, tive que modificar, já isto acontecia quando ia com tupia da direita para esquerda.









Quando o top tiver os 4,4º de declive necessários, irei ajustar novamente a profundidade para o corte ficar paralelo ao top nesta área.
O ajuste do braço também será feito no lugar, para "casar" os ângulos de braço e top.

Tenho feito sem o uso de moldes/templates. Com eles seria bem mais fácil.
Quando estiver com espaço e condições melhores vou otimizar vários processos.

^Que blz de trabalho !

Se você passasse algumas demãos de seladora , depois viesse com mais outra demão com tingidor agora protegendo com fita o binding , poderia chegar mais fácil ?

Tem esse vídeo que mostra o cara fazendo o tingimento com pistola com cuidado para não fazer uma bagunça que ele está protegendo o binding .

Depois ele remove o que tingiu no binding com uma lâmina ( estilete ) que é até normal na fábrica da Gibson e mesmo sendo de madeira o tingidor não penetra tão fundo .

Talvez valeria uma experiência em um pedaço a parte ?

^ Bacana o vídeo Uchoa.
Mas o luthier está usando um binding em plástico, o qual não absorve o verniz ou seladora tingida.
Eu já testei o tingidor sobre a madeira e binding e ele mancha o binding.

Mas o motivo principal é que quero manter um efeito que consegui com a Tele que fiz recentemente: o verniz nitro incolor vitrificado sobre a madeira.
Se eu tingir o verniz, vou colorir também o binding, o qual quero sem a coloração vinho ou preta.
O verniz tingido também "vitrifica", mas será possível notar o verniz colorido e não transparente.

Mas e se voce colocasse o tingidor na seladora ( depois de algumas demaos para proteger) isolando com fita normal mesmo o binding e depois tirar a fita e fazer algumas correcoes , ai colocaria mais seladora para nivelar , sabendo que nitro e chato de nivelar , ai sim o verniz ?

Tingidor que eu conheco e o da sayerlack tem o base de agua o acquacolor que so pode ser aplicado direto na madeira e nao mancha nem querendo e o Topcolor que pode ser aplicado direto na madeira ou na seladora , verniz...

Apenas ideias ... rs !

Mas com certeza voce vai achar um caminho legal , esta fazendo um trabalho de mestre nessa guitar !  

Obs.: Nao note o texto sem acentuacao , estou no Windows .

Estou construindo um dispositivo para fazer o rebaixo angulado para colagem do braço em 4,4º e 2,2º após o final da escala.
Vou usar um caixa para que a tupia corra sobre ela.
Ia fazer com MDF, mas estava muito caro por aqui e ficou melhor, mais barato e confiável em madeira (garapeira).

Investi para fazer bem feito, pois no futuro deveria fazer outras Les Paul e o dispositivo também dá para plainar blanks de corpo e braço.

O alinhamento será dado por baixo, por isso o cuidado com a furação e uso dos grampos.





Para a base da tupia vou usar uma chapa de alumínio ou ferro. Assim ganho em profundidade da tupia.







No feriado devo fazer o abaulamento.

Acompanhando a nova empreita!

Parabéns Evandro!!! Já sabe que se quiser aventurar-se no mundo da luthieria profissionalmente, tens muito futuro no ramo!

^ E uma encomenda de Rickemachado para mim!!      

Obrigado. Eu pretendo trabalhar com construções em 2 anos. Até vou melhorar a estrutura e ferramentas.
Breno, esse mês quase que eu coloquei o Rick pra venda, mas acabou surgindo uma possibilidade de tocar com uns amigos e vou mantê-lo por enquanto.

Ainda bem que não colocou a venda, pois esse mês eu nem poderia sonhar em comprá-lo! A grana se foi!!

Heheheheheh.

Cavidades do binding enquanto o top está plano.
Aqui tive problema com a tupia de coluna, pois ela utiliza um acessório que limita a ação em curvas. Fiz o que deu para aliviar o trabalho para a tupia manual. Como fui à São Paulo nesta última sexta, aproveitei para comprar a porca aperto que estava espanada. Achei na Florêncio, nº 140 subindo as escadas.



Pra não perder tempo, estou demorando demais e talvez não cumpra minha meta de pintá-la em minha micro férias de julho, fiz a cavidade dos controles.
Para centralizar, duas retas perpendiculares e marcações equidistantes do centro.



A tampa dos controles na Lespa não é paralela, o lado maior fica em direção ao braço.



Hoje terminei as cavidades do binding.





Tentei fazer no olhômetro as linhas de rebaixo do top, mas não deu.

Simetria. A Lespa a utiliza.

Para tanto, fiz a ampliação do template de 270 mm para o tamanho real de 435mm. Isto, na regra de três, deu 32,222222mm para o quadriculado. Foi bastante trabalhoso, mas garantiu a necessária simetria das marcações.






A seguir fui cortando e riscando com caneta. Sempre evito usar caneta porque a tinta penetra, mas aqui estas marcas serão quinas que serão usinadas no abaulamento do top.









Não encontrei nem no Gasômetro em São Paulo o tingidor vinho Acquacolor da SAyerlack. Encontrei apenas o vermelho, preto e um Extrato de Nogueira usado para escurecer escalas.
Vou tentar misturar o vermelho com anilina/álcool ou outro produto de base água da SALISIL.

Azul + Vermelho = Roxo

Roxo + Vermelho = Vinho

Portanto, espero conseguir o tom Wine Red com adição de pequenas quantidades de azul ao vermelho.
Se não der por conta dos solventes diferentes (água no Acquacolor vermelho e álcool na anilina azul) vou tingir levemente a madeira de azul  e depois de vermelho.

Hoje quase perco 2 horas de trabalho e quase acontece o pior, ou seja perder a peça do corpo.
Aproveitei o top plano para fazer o abaulamento com a tupia. Acontece que errei no cálculo em post anterior e os rebaixo não segue m o que havia indicado:

1/16" + 1/16" + 1/16" + 1/16" + 1/16" + 1/16" + 1/4" de sobra = 5/8" = 15,88

Isto seria correto se o binding recobrisse apenas o top, mas não.
O erro está em que há mais um corte de 1/16" e o binding fica entre o top e o mogno.

Desta forma, o 1º corte fica em 7/16". Esta é a distância da ponta da fresa em relação ao plano da base da tupia e top.
Fiz este desenho caso alguém queira se aventurar também:



Felizmente, retirei material de menos e desta forma ainda dá para retirar mais uma casquinha de 1/16" em cada nível. Só vai dar mais trabalho.
Hoje fiz correndo e esqueci de conferir a medida ao iniciar os trabalhos.

Bom, após o trabalho um Velho Jack veio me visitar junto com um churras.

Caraca ein!
Esse top abaulado dá trampo demais.

O sábado foi todo para testes para o acabamento.
Testei mais de 50 combinações com as seguintes variáveis:
com ou sem massa tapa poros (massa F12);
massa com u sem corantes (preto ou vermelho)
tingidores para madeira Acquacolor preto, vermelho e um teste só com amarelo;
tingidores de uso geral (xadrez azul e vermelho, tingidor de verniz vinho);
quantidades de aplicações;
diluição;

Quero o acabamento próximo do Wine Red da Gibson, mas não consegui o tingidor vinho da Acquacolor ou qualquer outro base água.
Consegui um tom pergeito com o uso do xadrez roxo mais Acquacolor vermelho, mas o xadrez não deixava a mistura penetrar na madeira e ao lixar, mesmo com duas camadas de seladora, desbotava e ficava com falhas.
Talvez compre o Modern Mahogany da Mohawk com o Miguel Cardone da Luthier Express.

Estou tentando combinações diferentes.
Para o mogno gostei da opção mais à direita: grain filler massa F12 com um pouco de tingidor preto, lixamento, mais 3 de vermelho 2 x 1 de pigmento.





É o que deixou os detalhes do mogno mais aparente (pequenos veios perpendiculares e paralelos negros) e, apesar da foto ter ficado ruim, foi o tom mais próximo.

Para o top, não daria para usar um tom muito escuro, pois não destacaria os destalhes negros da muiracatiara.
O que melhor se destacou foi a opção mais à direita e abaixo na ponta. Ela está com uma mão bem diluída de tingidor preto e mais três de vermelho 2 x 1 de pigmento.



Com o verniz vai destacar bem o tom e os detalhes da madeira.

Acertei os sulcos do top, faltava 1/16" em cada lance.





Posicionamento da escala e cap, pois seu início é o onto final do plano com 4,4º.



O EVA ajuda para que o corpo não saia do lugar. Se deslisar com suavidade a tupia, nem precisa prender.



Ia comprar um nível angular digital, mas está muito caro.
Aproveitei o celular da dona patroa (eu me livrei deste mal há 4 anos, estou livre dele).
Com um aplicativo chamado Clinometer para Android, eu zero o nível no plano do corpo e acho os 4,4º para encaixe do braço nas traves do dispositivos que fiz. Me pareceu bastante preciso.
O plano dos captadores até a ponte é de 2,2º graus (este rebaixo deve ser feito primeiro).

Caraca, que trampo! Ansioso para ver o resultado

Hoje terminei uma fase importante, senão a mais importante da construção: o acerto do canal do tróculo e encaixe do braço.





Fazer agora de noite foi até uma vantagem, pois com a lanterna dava para destacar o vão e assim fazer os acertos com uma pequena faca.
Aliás, para quem for se aventurar, evite a lixa neste local, pois o movimento manual tende a retirar mais material nas extremidades e menos no centro, mesmo usando um taco.









Novamente testei se os ângulos indicados conferem com a altura de ponte e cordas: perfeito. Foi usado 4,4º na área de encaixe do braço/escala e 2,2º no plano dos caps.



Errei no comprimento total escala para mais e isto estava impedindo posicionar o cap do braço com a bobina principal exatamente no 24º traste (471,5mm do nut). Este é um ponto importante da sonoridade da lespa.
Por isso, cortei o pedaço que estava sobrando e colei novamente o binding em 3 camadas.



Terei uma semana de férias e pretendo adiantar bastante. Queria deixar este tempo para o verniz, mas a espera necessárias às colagens vai acabar por me atrasar.

Hoje fiz as cavidades dos caps: 24º traste nos pólos do cap do braço e 1 e 1/4" entre pólos do cap da ponte e a ponte (23" e meia do nut).



Comecei o abaulamento do top com uma pequena plaina e já adiantou um bocado.

caraca show e vou conferir de perto em kkkk vc é o cara evandro!!!

Evandro, qual a espessura que vai ficar o corpo dessa lespa?

Greengo vai ficar com 45mm de mogno mais 5/8" (15,87mm) do top na parte mai alta.

Pensei que seria rápido, mas levou um bom tempo: o abaulamento do top.

Mas já o deixei em fase de acabamento.





A faca usada como raspilha foi muito útil nos detalhes, pois só com lixa não vai.



Arrendondamento dos cantos. Na parte traseira não farei o binding.

Impressionante! Que paciência!
Parabéns!
Eu quase me aventurei esse mês passado num curso com um luthier paulista que foi aluno e trabalhou com o Benedetto o mago das guitarras hollow  body. A proposta era bem legal você produzia uma guitarra que ficava para você pagando o kit das madeiras e fazendo aulas em dupla com ele aos sábados e a mensalidade não era nada absurdo e ele tinha luta de madeiras de vários níveis.
Acho que a coisa ficando mais tranquila aqui me aventuro apesar da falta de intimidade com o assunto.

Zadá, eu recomendo, é um hobby apaixonante.
Eu nem estou dormindo direito, dada a proximidade de ouvir o som que sairá dela.
Este projeto eu fiz para dar conta de dois desafios: braço colado e acabamento rebuscado.
O primeiro tirei de letra, os ângulos e encaixes estão perfeitos.
Quanto segundo, ainda tenho muitas dúvidas de como finalizar o acabamento.
Vicia.

Fernando Zadá escreveu:Impressionante! Que paciência!
Parabéns!
Eu quase me aventurei esse mês passado num curso com um luthier paulista que foi aluno e trabalhou com o Benedetto o mago das guitarras hollow  body. A proposta era bem legal você produzia uma guitarra que ficava para você pagando o kit das madeiras e fazendo aulas em dupla com ele aos sábados e a mensalidade não era nada absurdo e ele tinha luta de madeiras de vários níveis.
Acho que a coisa ficando mais tranquila aqui me aventuro apesar da falta de intimidade com o assunto.

Se houvesse algum curso prático igual a este em BH, eu me inscreveria fácil.