Cordas afinadas com oitavas (casa 12) reguladas, mas com nota no braço fora.

Bom dia Rapaziada.
2 duvidas aqui, sendo que uma pode levar a outra.

Tenho um jogo de cordas que ja utilizei em uns 4 baixos, e elas estão soando super bem. É possível que essa troca de um baio para outro cause dano na tonalidade, afinação, etc desse jogo de cordas? ujm dos baixos inclusive era true body.

A outra é o titulo do tópico. A corda 'E' solta e oitava afinada porem na casa 'G' por exemplo ela esta um pouco desafinada, e isso ocorre em todas as notas entre a oitava e corda solta. Não é muito mais esta fora e me incomoda.

Vlw.

manorawe escreveu:A outra é o titulo do tópico. A corda 'E' solta e oitava afinada porem na casa 'G' por exemplo ela esta um pouco desafinada, e isso ocorre em todas as notas entre a oitava e corda solta. Não é muito mais esta fora e me incomoda.

Não seria o caso de regulagem do tensor?

Acho que essas cordas já eram brother 

Qdo vc tira a corda e a recoloca, dificilmente o amassado feito pelo traste volta para o mesmo lugar.
No seu caso, como vc relatou, ela já foi usada em 4 baixos diferentes.
Sinto informar, mas essa aí já merece aposentadoria

Cantão escreveu:Acho que essas cordas já eram brother 

Leite de vaca velha…

Tarde.
è... troquei as cordas e o problema acabou kkk.
Vlw pessoal

E quantos anos tinha esse jogo de cordas?

CSergio escreveu:E quantos anos tinha esse jogo de cordas?

Eram relativamente novos para a forma que eu utilizo. Eram elixir 045 e tinham 1 ano +/- porem eu ja troquei elas de baixo umas 5x ao menos, isso deve ter estragado elas, pois o timbre ainda não estava morto não.

manorawe escreveu:troquei elas de baixo umas 5x ao menos, isso deve ter estragado elas

Os vincos feitos nesse processo causam anomalias de afinação.

Esse é um poblema "normal", apesar de que as pessoas na maioria das vezes não saibam disso.
O que acontece é que os trastes não estão posicionados no lugar correto, por incrível que pareça. Eles são dispostos de uma maneira que ficam retos e que todas as casas fiquem o mais próximo possivel da nota certa, isso facilita a cosntrução, e sempre foi feito assim.

O ajuste das oitavas que você fez, está correto, porém como você percebe, apenas a corda solta e a casa 12 estão 100% afinadas, todas as outras estão proximas mas não exatas.

Para um instrumento ter todas as notas exatas, não só a 0 e 12, os trastes deveriam ser assim:
(vou usar um exemplo de um violão, mas vale para o baixo)


Sim! todos os dicos de bandas que você ouviu até hoje estão desafinados, mas não é algo gritante a ponto de conseguirmos ouvir isso.

Se ficou curioso pelo assunto, pesquise sobre True Temperament

Por isso que a digitção no fretless é tão desafiadora, principalemnte quando tocado rápido. Já dizia o Steve Bailey: "o fretless é sobre controle da intonação".

Kaiserguitars escreveu:Se ficou curioso pelo assunto, pesquise sobre True Temperament

Sempre vi o True Temperament como uma mera curiosidade e nada mais. Já debatemos bastante sobre o assunto aqui no FCBR. IMHO, trata-se de um preciosismo exótico, sem utilidade, que, formalmente, demandaria o uso de cordas sempre com as mesmas bitolas e sem possibilidade de mudar a afinação do instrumento. Com mais contras do prós, é uma grande bobagem que só dificulta a vida do baixista/guitarrista.

E assim... o som das notas já estão no ouvido e na cabeça da forma que conhecemos.
Ou seja, desconsiderando o baixo com trastes tortos, mesmo com um baixo fretless, sempre se iria executar a entonção que está na mente... a temperada!!!
‍�

Pedro Cavalcanti escreveu:a entonção que está na mente... a temperada!!!

Temperado é o instrumento e não nosso ouvido/mente.

Não me expressei ao pé da letra... mas, com certeza, deu para entender!!!

Alguns comentários aleatórios.

Um instrumento com trastes bem construído terá entonação razoável ao longo do braço se bem regulado e entonado pela décima segunda casa.

Trastes normais não produzem entonação perfeita, fenômeno conhecido e que gerou a vontade da construção do tipo "true temperament", amplamente discutido aqui e mencionado nesse tópico pelo colega Kaiser.

Músicos um pouco mais acostumados com regulagem muitas vezes escolhem entonação e regulagem não relacionada à décima segunda casa.

Eu mesmo, que regulo meus baixos há mais de 30 anos, muitas vezes opto por uma preferência de entonação na região que mais uso nas gigs que estou fazendo no momento. Um baixista normal tocando música popular toca 98% to tempo da casa 7 pra trás (pra trás aí é em direção à pestana) então faz muito mais sentido dar preferência à entonação dessa região, desprezando a parte superior do braço, onde raramente tocamos.

Já um baixista que sola muito e usa casas mais altas, próximas da décima segunda ou mesmo além, pode tranquilamente entonar pelo meio da escala.

Outro exemplo bom é a corda B, onde eu particularmente só toco em 4 casas, pois não gosto do caráter das notas E e acima numa corda B de um baixo não fanned. Aumentando o comprimento de área vibratória da corda B você melhora sua definição e seu timbre em geral. Então eu aperto o parafuso da ponte o máximo possível mantendo as 4 primeiras casas entonadas. Isso gera anomalias de entonação na região acima do braço e com certeza a décima segunda casa não estará entonada, o que é irrelevante, pois as notas que uso nessa corda estarão com entonação aceitável.

Afinação e entonação perfeitas é algo desnecessário e até mesmo indesejável. A música produzida por seres humanos é feita de execuções, tempos e afinações imperfeitas, ou seria idêntica à música produzida por um robô, perdendo sua natureza humana.

Tudo isso dito, contração e expansão excessiva de cordas ou várias trocas de instrumento geram anomalias de entonação que às vezes vão além do que nossos ouvidos considera normal e começa a haver algum desconforto auditivo para alguns.

Mas algumas gravações clássicas foram feitas com instrumentos mal entonados e às vezes até desafinados...

manorawe escreveu:

CSergio escreveu:E quantos anos tinha esse jogo de cordas?

Eram relativamente novos para a forma que eu utilizo. Eram elixir 045 e tinham 1 ano +/- porem eu ja troquei elas de baixo umas 5x ao menos, isso deve ter estragado elas, pois o timbre ainda não estava morto não.

Dizem que o timbre novo delas duram muito tempo, mas também tu quis extrair até a última gota, né? kkkk! Caramba!

siodoni escreveu:Qdo vc tira a corda e a recoloca, dificilmente o amassado feito pelo traste volta para o mesmo lugar.
No seu caso, como vc relatou, ela já foi usada em 4 baixos diferentes.
Sinto informar, mas essa aí já merece aposentadoria

allexcosta escreveu:

manorawe escreveu:troquei elas de baixo umas 5x ao menos, isso deve ter estragado elas

Os vincos feitos nesse processo causam anomalias de afinação.

Mais um motivo para não ficar tirando e colocando cordas.

Eu tiro mais por manutenção na escala não envernizada, devido a poeira, e principalmente devido a mofo, pois moro em cidade litorânea, muita umidade durante o período chuvoso (janeiro a julho).

Assunto relacionado no TalkBass https://www.talkbass.com/threads/will-i-ruin-strings-by-switching-back-and-forth.1604788/