Sistema CAGED

Saudações baixistas!

Encontrei há algum tempo o livro Fretboard Logic, do Bill Edwards. Nesse livro ele ensina como aplicar o método CAGED para acordes, escalas e arpeggios no violão/guitarra (obviamente é utilizável para baixo também). Eu já tinha aprendido esse tal de CAGED quando fazia violão popular, mas não tinha entendido qual era realmente a proposta e a utilidade.

Pois bem, a proposta é que, devido à afinação do(s) nosso(s) instrumento(s), criam-se naturalmente certos padrões que sempre se repetem, e esses padrões podem ser utilizados para "navegar" no braço de uma maneira muito eficaz. Todo acorde e toda escala sempre terão 5 formas (de C, de A, de G, de E e de D), e toda tonalidade sempre terá 5 posições no braço, a cada qual corresponde um padrão.

Por exemplo, em C, a 1ª posição é no Mizão solto e a forma é C. A segunda posição é na terceira casa (o Bill Edwards acha melhor referir-se à casa e não à nota em se falando de posições) e a forma é A. A terceira é na quinta casa com forma de G. A quarta na oitava casa com forma de E e a quinta na décima casa com a forma de D. A sequência C-A-G-E-D é sempre seguida (para ilustrar, em A, a sequência das formas é A-G-E-D-C).

Agora a grande sacada, para cada "tipo" de coisa que você vai aprender (por exemplo, "escalas menores harmônicas") haverá sempre 5 padrões, que serão sempre os mesmos independente da tonalidade. O que definirá a tonalidade que você está tocando são as posições utilizadas. Então me parece que pra utilizar fluidamente esse método é necessário ter todas as formas na ponta dos dedos + uma percepção instantânea das posições de cada tonalidade e a forma correspondente. Uma vez que você tenha uma idéia clara da relação tonalidade/posição/forma, é de se supor que ganharia a habilidade de tocar em qualquer região do braço em qualquer tom sem o menor impedimento.

Gostaria de saber se alguém estudou utilizando essa abordagem (ou se ela é padronizada e só eu não tô sabendo...) e quais foram os resultados. Também se alguém tiver impressões, críticas, dúvidas, etc. mande-as. Abraços!

Estudei violão com essa metodologia, pena que não pude dar prosseguimento aos estudos por causa da escola. Mas passei a ver o braço do instrumento de uma forma diferente depois de estudar por ele, gostei muito.

Não entendi direito. Tem algum link com uma explicação mais aprofundada?

Eu acho interessante e bem prático. Tenho esse livro e mais alguns com esse conceito.
mas curto mais a visualização por posições que é proposta pelo Willian Leavit no Modern method da Berklee que se assemelha mais a um violoncelo.
A CAGEDC acho mais rápida e instantânea mas curto mais a visão mais completa dessa abordagem por posição.

Edu Fettermann escreveu:Não entendi direito. Tem algum link com uma explicação mais aprofundada?

Também não entendi direito. Nunca tinha ouvido falar. Rola uma explicação mais clara?

É um sistema utilizado no violão e guitarra onde se parte das formas básicas dos acordes C A G E D para se estudar arpejos e escalas além de formas para mudar os acordes.

E tem aplicação no contrabaixo?

Sitema CAGED, repolarização harmônica... É, to precisando me atualizar

/\ kkkkkkkk cada viagem que aparece, que eu nem sei mais por onde viajar.

LuCaSbass escreveu:Sitema CAGED, repolarização harmônica... É, to precisando me atualizar

inibass escreveu:
/\ kkkkkkkk cada viajem que aparece, que eu nem sei mais por onde viajar.

Muito simples meus amigos, filiem-se ao clube dos baixistas pedreiros.
https://www.contrabaixobr.com/t153-pedreiro-com-orgulho

LuCaSbass escreveu:Sitema CAGED, repolarização harmônica... É, to precisando me atualizar

Repolarização harmônica foi treta... mas CAGED é bem útil pra você aprender os acordes tocados em rodas de violão hehehehehe

fma escreveu:Repolarização harmônica foi treta... mas CAGED é bem útil pra você aprender os acordes tocados em rodas de violão hehehehehe

Conheço um segredo milenar Chinês para se aprender oa acordes tocados em rodas de violão. Consiste precisamente em, sempre que possível, pegar um violão e tocar com os amigos nessas rodas... Funciona que é uma beleza, é batata...

/\ kkkkkkk Mais pura verdade....funciona que é uma beleza....sem mais fórmulas mágicas.

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED http://carep.mte.gov.br/caged/default.asp

Fico aqui imaginando como seria a repolarização harmônica aplicada ao sistema CAGED!

kraka....será que chegamos a uma fórmula magica pra encontrar a escala cromátrica??!!! Se era pra isso não precisa tanta explicação.

Bem, realmente esse método é bem mais comum de ser encontrado aplicado à acordes no violão ou na guitarra, por isso acho que muita gente não conhece...vou tentar dar um exemplo de como funciona...

Se nós pegarmos C maior/A menor pentatônica, poderemos fazê-la na primeira posição usando a forma de C:

|----------------0-2
|-----------0--2---
|-----0--3---------
|0--3--------------

*o nome das "formas" vem dos acordes maiores na posição fundamental, e as posições seguem horizontalmente os tons de cada tonalidade nas cordas mais graves. vendo isso começando com acordes é realmente bem mais intuitivo..

Se você fizer esse mesmo padrão 1 semitom para frente, estará fazendo em C#...2 casas pra frente, e estará fazendo em D. É fácil perceber que voce está sempre fazendo uma escala pentatônica, só mudando o tom.

Pois bem, para cada tipo de escala (maior, menor, qualquer uma) e acorde (maior, menor, com sexta, suspenso, qualquer um) existem 5 desses padrões, ou formas. Em cada tom, a utilização de todos os 5 permite cobrir todo o braço do instrumento. Por exemplo, no tom de C, a 2ª posição tem a forma de A e começa no terceiro traste:

|----------------2-5
|-----------2--5---
|-----3--5---------
|3--5--------------

Novamente, é fácil perceber que aplicando esse padrão 2 casas à frente, o tom passa para D; 1 casa para trás, B...

Então cada tonalidade terá 5 posições no braço (e claro, elas começam a se repetir a partir da 12ª casa), cada qual utilizando uma das 5 formas.

Não foi uma explicação muito completa, mas espero ter ajudado. Posso tentar "disponibilizar" o livro do Bill Edwards se alguém tiver interesse. Abraços!

Dá pra estudar isso no baixo sim...

Com 5 digitações você consegue montar todas as escalas maiores e menores naturais.
Se você dividir o braço em 5 regiões (a partir da 12a casa essas regiões se repetem), você consegue mapear o braço todo, montando as 12 tonalidades maiores e as 12 menores sem maiores problemas em cada uma dessas cinco regiões.

Depois que vc aprender a unir essas digitações..., bingo!!!! Dá pra fazer uma walking bass de So What sem ficar chato...rsrs, andando o braço todo, e ainda pensando nos modos, e o tipo de intenção que quer dar a musica.

Quem é mestre nisso é o Alexandre Montenegro, membro aqui do forum.
Ele inclusive tem um metodo que ensina improviso dessa forma...


Abraços

allexcosta escreveu:

Conheço um segredo milenar Chinês para se aprender oa acordes tocados em rodas de violão. Consiste precisamente em, sempre que possível, pegar um violão e tocar com os amigos nessas rodas... Funciona que é uma beleza, é batata...

Foi só uma brincadeira, pq os acordes do CAGED partem daqueles acordes tipo AQUELE dó maior, que começa no dó da corda lá ou AQUELE sol maior que começa no sol da corda mi e por aí vai... Também sou partidário de se aprender fazendo rsrs

Rsss
Na verdade até o Joe Pass mostra o sistema CAGED em livros dele. É uma das formas de se visualizar o braço e uma das mais eficientes pra quem esta começando. O Mozart Mello no método dele rebatizou de Sistema 5!! Rsss
Esse livro Fretboard Logic é bem interessante e útil mas acho que pra se aprofundar mais dá para visualizar o braço de outras formas como propõe o Mick Goodrich e outros...
Mas não tem nada a ver com fórmula milagrosa ou repolarização.....

Zadá, mencionaste o William Leavit e o Mike Goodrich...mais algum nessa onda de "como visualizar o braço"? Eu que sou um eterno iniciante sou fascinado por essas coisas rsrs...

Cara tem uma série chamada Fretboard Roadmaps que é interessante.

http://www.amazon.com/Fretboard-Roadmaps-Essential-Patterns-Techniques/dp/0793520886

e outro bacana é The Chord factory que te ensina a criar seu próprio dicionário de acordes e é bem útil.
Tem um livro do George Van Eps que é bem bacana mas esse conheço superficialmente pois não tenho mas já espiei e é bem na linha do do Leavit.
Eu acho o do Berklee o mais completo pois te faz enxergar as combinações possíveis dando num total 12 digitações onde umas 3 ou 4 não são muito práticas de se utilizar mas te força a enxergar o braço de outra forma. O conceito que o Sá passa naquele workshop sobre improvisação que fez num dos encontros vai bem nessa linha e acho bem útil.
Vou ver qual mais tenho aqui nessa pegada e te escrevo aqui que esses lembrei de memória.

Fernando Zadá escreveu:Rsss
Na verdade até o Joe Pass mostra o sistema CAGED em livros dele. É uma das formas de se visualizar o braço e uma das mais eficientes pra quem esta começando. O Mozart Mello no método dele rebatizou de Sistema 5!! Rsss
Esse livro Fretboard Logic é bem interessante e útil mas acho que pra se aprofundar mais dá para visualizar o braço de outras formas como propõe o Mick Goodrich e outros...
Mas não tem nada a ver com fórmula milagrosa ou repolarização.....

é isso ai Zadá !!!boa explicação

GeleiaBass escreveu:

Quem é mestre nisso é o Alexandre Montenegro, membro aqui do forum.
Ele inclusive tem um metodo que ensina improviso dessa forma...


Abraços

O Alexandre tem isso no papel, é show de bola!