alguem sabe algum mestrado em contrabaixo eletrico?

pesquisei na net e n encontrei nenhum..

Não tem.

Mas já tem dois tópicos sobre o assunto no fórum, ambos seus. Brincando, mas faça a pergunta em um só lugar, para organização.

Acho que não existe nem graduação/bacharelado em contrabaixo elétrico. Ou estou enganado?

^ Bacharelado existe. Acho que mestrado também, mas deve ser em Música com especialização em Contrabaixo.

guigatoo, já olhou UNICAMP?

Bacharelado existe sim na Unicamp, FAAM, FASM e mais algumas mestrado geralmente o povo faz em algo complementar ao assunto da graduação. Não vejo muito sentido fazer graduação e mestrado no mesmo assunto..
Quem sabe graduação em contrabaixo e mestrado em didática do contrabaixo ou algo relacionado ao mesmo mas pelo que sei mestrado tem que ter algum direcionamento mais especifico.

Fernando Zadá escreveu:Bacharelado existe sim na Unicamp, FAAM, FASM e mais algumas mestrado geralmente o povo faz em algo complementar ao assunto da graduação. Não vejo muito sentido fazer graduação e mestrado no mesmo assunto..
Quem sabe graduação em contrabaixo e mestrado em didática do contrabaixo ou algo relacionado ao mesmo mas pelo que sei mestrado tem que ter algum direcionamento mais especifico.

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Entrei nos sites das UniCamp, FAAM, FASM e não vi nada a respeito de cursos pós-graduação ou graduação em contrabaixo ELÉTRICO. Têm certeza que isso existe?

Unicamp sim, eu fiz.
É Musica Popular, modalidade Contrabaixo.

JAZZigo escreveu:Entrei nos sites das UniCamp, FAAM, FASM e não vi nada a respeito de cursos pós-graduação ou graduação em contrabaixo ELÉTRICO. Têm certeza que isso existe?

Absoluta!
Procure bacharelado em instrumento. Na FAAM e FASM o professor é o Zéli.
Cursei ambas..... mas como guitarrista!! Rsss

Mas tem mais algumas se não me engano Carlos Gomes (que corria risco de fechar), e tem faculdades no RJ, Vitória e mais algumas por ai.

A respeito de MESTRADO em contrabaixo elétrico, nao tenho informação. Mas como indicaram acima, é possível escrever um projeto que tenha afinidade, sem ser em performance. Cursei mestrado em Música/UFMG. Na ocasião, minha pesquisa foi em análise de canção popular, usando a Semiótica da Canção do Luiz Tatit. Um colega fez o mestrado em saxofone, estudando exemplos de improvisações do Vitor Assis Brasil.

Um toque: seria interessante tomar contato com os professores do curso, ver os temas/assuntos dsa dissertações e teses da instituição para a qual quer ir. Se possível, fazer uma disciplina isolada ajuda muito, porque você vai tomando contato com os professores, com as pesquisas em andamento. Cada centro de pesquisa pensa/age de modo específico. Um projeto de pesquisa que pode ser bem recebido por uma instituição, pode simplesmente ser ignorado por outra, por uma série de motivos que não vêm ao caso agora.

Enfim, minha sugestão seria pensar em um tema de pesquisa que lhe desperte interesse, que tenha a ver com o contrabaixo, mesmo não sendo em performance (ou seja, mesmo não tendo a ver com recital, com você tocar algo, entende?). Ah, outra coisa: mestrado e doutorado são pós-graduações strictu sensu cuja finalidade é a pesquisa. Se você estiver buscando por adquirir mais técnicas, aprimorar-se no instrumento, procure por um bom professor de contrabaixo elétrico. No mestrado, importa a qualidade da pesquisa. Por isso eu sugeri escrever um projeto de pesquisa que tenha afinidade com o contrabaixo. Assim, não importa se é baixo elétrico ou não, importa é que tenha valor para a comunidade acadêmica. E para você, se for um tema que dialogue com o contrabaixo, haverá prazer na condução da pesquisa.

Espero ter contribuído. Abraços, Márcio.

Valeu, galera!

Eu é que estou por fora mesmo.

Na minha época, de UnB, só rolava música erudita e, para quem cujo instrumento era o violão clássico, a única opção de graduação disponível era licenciatura em música, curso no qual me formei, profissão que jamais exerci.

Compreendo bem essa situação de formação X atuação profissional, JAZZigo. Bom, vamo que vamo, né?! Abraço!

Também pesquisei, e tentei ver onde teria na área de prática interpretativa. UFCG, UFRN e UFPB certamente não tem, somente baixo acústico. Infelizmente a academia brasileira aparentemente ainda não entende o instrumento como merecedor desse tipo de atenção.

Eu me formei em 1999, mas mantenho bastante contato com as turmas mais novas de graduação da Unicamp, graças ao estúdio. O que mais vejo é o pessoal fazendo a graduação aqui e indo pra fora fazer mestrado e doutorado, principalmente quem busca a área de performance.

O mestrado na Unicamp é forte na área de percussão, piano e a área de multimeios, que é mais nova, mas está bacana. Acho que depende bastante da disponibilidade de orientadores de cada área também.

JAZZigo escreveu:Valeu, galera!

Eu é que estou por fora mesmo.

Na minha época, de UnB, só rolava música erudita e, para quem cujo instrumento era o violão clássico, a única opção de graduação disponível era licenciatura em música, curso no qual me formei, profissão que jamais exerci.

A presença dos cursos de instrumentos na área popular só é forte ainda nas faculdades particulares das públicas só sei da Unicamp. A Usp passa longe desse universo e ainda tem esse foco que você comentou.

Com relação a instrumentos elétricos e música popular, as coisas estão entrando no meio acadêmico mais por meio da licenciatura (o que não deixa de ser preconceituoso com a música popular). Na época em que fiz mestrado na UFMG (defendi em 2007), havia até situações de certo preconceito com a música popular, algo meio bizarro. Mas lá, que tinha uma escola de música bem conservadora, as coisas têm mudado. Foi aberto um curso de música popular (licenciatura, pra variar...). Estou afastado de lá faz um bom tempo, mas acredito que as coisas estão caminhando para uma abertura maior. Há cerca de uns 3 anos, a revista PerMusi, editada pela Escola de Música da UFMG, publicou 3 números seguidos sobre música popular. Cheguei a publicar um artigo em um desses números. Acho que, aos poucos, a academia vai absorvendo a música popular; por ora, mais nas linhas de pesquisa teórica do que nas linhas que envolvem performance.

Márcio escreveu:Com relação a instrumentos elétricos e música popular, as coisas estão entrando no meio acadêmico mais por meio da licenciatura (o que não deixa de ser preconceituoso com a música popular). Na época em que fiz mestrado na UFMG (defendi em 2007), havia até situações de certo preconceito com a música popular, algo meio bizarro. Mas lá, que tinha uma escola de música bem conservadora, as coisas têm mudado. Foi aberto um curso de música popular (licenciatura, pra variar...). Estou afastado de lá faz um bom tempo, mas acredito que as coisas estão caminhando para uma abertura maior. Há cerca de uns 3 anos, a revista PerMusi, editada pela Escola de Música da UFMG, publicou 3 números seguidos sobre música popular. Cheguei a publicar um artigo  em um desses números.  Acho que, aos poucos, a academia vai absorvendo a música popular; por ora, mais nas linhas de pesquisa teórica do que nas linhas que envolvem performance.

Interessante isso...
No meio acadêmico das Ciências Humanas (História, Sociologia, etc, e na Literatura), as teses sobre música popular são em número significativo...

^ Exato, Bertola. Até aqui, a academia tem absorvido a música popular como fonte de pesquisa. A teoria que usei, por exemplo, a Semiótica da Canção, do Tatit, é oriunda da Linguística greimasiana. Nesse sentido, o Brasil tem uma produção até interessante sobre música popular. Já na área de performance...

Mas pelo andar da carruagem, as coisas estão se abrindo. Vejo um cenário promissor, inclusive, e não só, pelo fato de que muitos músicos de formação clássica têm atuado também na música popular. Até mesmo essa fronteira clássico x popular é algo que faz pouco sentido para alguns músicos. Penso, por exemplo, num Roland Dyens. Os violonistas ortodoxos dizem que ele não toca clássico! hehe. Mas é inegável que a técnica da qual ele se vale para tocar (e como toca, meu deus!) é fruto de anos de conservatório... Abraços!

^ Márcio, seria uma honra para este velho professor ler o seu trabalho (quando o tempo livre me permitir)!

^ Ô, rapaz, a honra é toda minha, de verdade! Não ficou nada demais não, viu? Minha dissertação centrou-se na análise do discurso amoroso em Chico Buarque, detidamente na canção "Todo o sentimento". Embora seja um trabalho simples, fiquei feliz de ver que no blog de um dos autores, o Cristóvão Bastos, há uma pequena bibliografia sobre a obra dele relacionada, e minha dissertação foi mencionada na bibliografia! Legal, né? Tô te mandando agorinha por email, ok? Obrigado pelo interesse! Abraço.

^ Eu que agradeço Marcos!

JAZZigo escreveu:Valeu, galera!

Eu é que estou por fora mesmo.

Na minha época, de UnB, só rolava música erudita e, para quem cujo instrumento era o violão clássico, a única opção de graduação disponível era licenciatura em música, curso no qual me formei, profissão que jamais exerci.

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