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Genesis - Trespass (Informações gerais)

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Mensagem por Tarcísio Caetano Sáb Abr 13, 2013 12:55 pm



Second Studio album by Genesis

Released 23 October 1970
Recorded Trident Studios, June – July 1970

Genre: Progressive rock, progressive folk

Length: 42:56
Label: Charisma/Virgin (UK)
Impulse, ABC, MCA, Geffen (USA)

Producer: John Anthony

Personnel
 Peter Gabriel – lead vocals, flute, accordion, percussion
 Anthony Phillips – electric and acoustic guitars, dulcimer, backing vocals
 Mike Rutherford – electric bass, acoustic and nylon guitars, cello, backing vocals
 Tony Banks – organ, piano, Mellotron, guitar, backing vocals
 John Mayhew – drums, percussion, backing vocals

Fonte: Wikipédia e Google.

"Imagine um mundo frio e belo, estático, sombrio, ladeado de montanhas brancas, vistas de uma janela de um palácio azul em que um rei e sua rainha observam a graça de uma paisagem bucólica e deserta. A chave para esse palácio imponente e pálido está nas mãos de uma das grandes bandas surgidas no finalzinho dos anos 60: o Genesis.

Após o lançamento do ignorado “From Genesis to Revelation” em 1969, a banda retornou de cabeça erguida com “Trespass”, entrando de uma vez por todas para a realeza do Rock Progressivo. O disco, ainda não contando com a presença de Phil Collins nem mesmo na bateria, já possui as fortes características que tornariam a banda uma das mais veneradas do gênero. É notável a maturidade do disco, lançado ainda no ano de 1970, quando a maioria das grandes bandas progressivas ainda engatinhavam. Talvez apenas o King Crimson, um dos pioneiros absolutos do estilo, gozava de tamanha naturalidade na produção do Prog naquele ano ainda embrionário.

A capa, criação de Paul Whitehead, pinta o disco com um azul triste, reforçando sua musicalidade vespertina e crepuscular. Trata-se de uma obra a ser apreciada de maneira solitária, no silencio, para se poder absorver cada segundo de tamanha nobreza sonora. “Trespass” possui momentos de tirar o fôlego, tocando o intimo do bem-aventurado ouvinte. É interessante notar na capa, já descrita no primeiro parágrafo, uma referencia visual para cada faixa do álbum, como, por exemplo, um anjinho “semi-barroco” para “Visions of Angels” e uma grande faca para “The Knife”.

“Looking for Someone” começa com a voz expressiva do grande líder do grupo, Peter Gabriel, com sua grande facilidade em criar atmosferas imaginativas e letras teatrais – teatralidade esta que se tornou marca registrada da banda, fazendo com que as performances do vocalista no palco se tornassem um espetáculo aparte. A faixa é abundante em belas melodias e arranjos espetaculares. Nobres, como já disse antes. Outra característica da canção é a alternância entre trechos delicados e outros mais agressivos.

O disco continua com a melancólica “White Mountain”, possuindo algumas passagens maravilhosas que se repetem após cada parte mais enérgica. Tais trechos, apesar de inseridos na canção que considero a menos interessante do trabalho, são alguns dos momentos mais belos e intimistas da obra, passando sensações de leveza e candura absolutamente aconchegantes.


"White Mountain"

Outro belo momento do disco é “Vision of Angels”, apresentando a melancolia presente em toda a obra, além dos belos arranjos e inspiradas melodias. Talvez seja essa a faixa em que o baterista John Mayhew tenha mais destaque, com suas poderosas e empolgadas viradas, dando ainda mais força aos acordes executados pela banda.

É no lado B, porém, em que se encontram as mais belas composições do disco. A primeira delas, “Stagnation”, e uma das obras-primas absolutas de toda a carreira do Genesis, em minha opinião. É uma daquelas canções que nos elevam a um estado de êxtase profundo, abundante em momentos impressionantemente belos. Faltam-me palavras para descrever esta que é a grande atração do álbum. O sintetizador de Anthony Banks nos leva à loucura, assim como os violões dedilhados de Banks, Philips e Rutherford. Fora do comum.

A segunda, “Dusk”, é sublime. A faixa mais simples do álbum possui um poder de acalanto absoluto. É como ter uma visão antecipada do paraíso. Devido à incompetência das palavras ao tentar descrever tal beleza, caminharei para a faixa final.

“The Knife” apresenta agressividade inédita no trabalho, possuindo, mesmo que de maneira violenta, a elegância tão característica do álbum. A música soa como uma revolução, um atentado ao quieto palácio em tal país imune ao tempo. A faixa possui também momentos mais calmos em que a flauta de Gabriel dá o ar de sua graça. Um grito infantil de desespero em meio a outras vozes inquietas é sinistro, aumentando a voracidade sonora da peça.

“Trespass” mostra-se um trabalho austero, merecendo atenção absoluta por parte do ouvinte. Trata-se de uma daquelas raras oportunidades de ser um membro da realeza, mesmo que por apenas um pouco mais de 40 minutos".

http://joaolemmos.blogspot.com.br/2009/01/genesis-trespass.html


Última edição por Tarcísio Caetano em Qua Out 21, 2020 8:40 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Tarcísio Caetano Seg Jun 08, 2020 9:54 pm

Atualizado em 08/06/2020.
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